Monday, April 02, 2007

Soneto


Se a alma carrega o que somos,
A verdade cravada na nossa existência,
Serei porventura uma vida extraviada,
Terei sequer um objector de consciência?

Serei algo mais do que o digo…?
Uma sonhadora numa vivência eclética,
Quiçá a saudade hermética do que sigo,
Seja apenas uma grosseria profética…

Alma ciente do combustível orgulho,
Corpo inquieto num mundo de entulho.
Mente que prevê atravessar mais além…

Encontro pequenas pérolas sem brio,
Nas esquinas onde se canta o fado vadio,
Mas ao abrir a porta não encontro ninguém…

Madeira, 23 de Março de 2007
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2 Palavritas:

Blogger GONIO said...

Este poema tem qualquer coisa da nova música de Pedro Abrunhosa. E aquele não-sei-que que se expressa assim: "deixa cá ver que palavra fica bem aqui e que rime com aquela ali em cima... humm..."
:P

April 02, 2007  
Blogger Cláudia Nóbrega said...

A poetisa que (supostamente) há em ti ressuscitou, vamos lá a ver por quanto tempo... lol

April 04, 2007  

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