Ainda e sempre o "poeta do amor"...

Devias estar aqui rente aos meus lábios
para dividir contigo esta amargura
dos meus dias partidos um a um

- Eu vi a terra limpa no teu rosto,
Só no teu rosto e nunca em mais nenhum.

Eugénio de Andrade

A soma de todos os medos

Na soma de todos os medos,
No espasmo desta dor;
Nos irrevelados segredos,
Há algo maior que este amor...

No fim que se nos avizinha,
A lágrima que cai me entristece...
Mas antes triste e sozinha,
Do que nesta amargura que endoidece...

Estou partida em pedaços,
Relembrando os nossos laços,
Enquanto a verdade contrasta...

E dói tanto como nunca doeu...
E relembra o que a alma esqueçeu
No teu corpo que se afasta...

Belém

Valha-nos S. Cristovão

Confesso que não sou grande apreciadora de ilusionismo, mas sei que nesse "campo" o Luís de Matos é o melhorzinho que temos...
Contudo, desde que hj fui acima da minha casa e vi a "disseminação" de bandeiras laranja pela vizinhança, pus em causa os créditos do Luís de Matos... Não é que eu duvide que ele não seja bom (profissional, claro), mas começo a achar q o Alberto João Jardim é um concorrente a ter em conta...
Então pensem lá comigo, qual é o "ilusionista" que consegue fazer aparecer e desaparecer bandeiras de um dia para o outro, em pontos BEM VISÍVEIS nas casas do "povo"?! Ah, pois é: é o tio Alberto!!!
Isto é assim: dão-lhes o "doce" e a malta dia 9 põe a "cruz" na "setinha para cima"... Mas antes faz as suas casas parecerem a sede do PSD... Sim, pk ainda há quem faça pior, bem pior ... Há gente, cuja demência é tanta, que até quer colocar a bandeira AMARRADA a um sinal de trânsito que indica "curva perigosa à esquerda"... É caso para dizer: "valha-nos s. cristovão"...

Talvez

Nos horizontes da minha incerteza, vislumbrei finalmente uma qualquer luz... De repente o incorpóreo ganhou alguma consistência e perspectivou-se algo...
Vou partir... Vou deixar este cais... Por breves instantes, por um momento, por uma "pequena" vida... Não sei, mas vou saber...
Vou buscar aquilo que me faz falta, aquilo que me dói no amanhecer de cada dia sem fim...
Vou ser inteira, ser mais eu, ser uma pessoa plena...
Vou abrir as asas e vou...
Talvez volte, talvez não...